Relatório global ajusta números de grãos em 2025/26
No milho, o balanço aponta aumento da produção mundial
No milho, o balanço aponta aumento da produção mundial - Foto: Claudio Neves/APPA
O balanço global de oferta e demanda de grãos para a safra 2025/26 apresenta ajustes pontuais em relação ao relatório anterior, refletindo revisões em estoques, produção e fluxos de comércio dos principais países. O cenário geral indica estabilidade nos fundamentos, com mudanças concentradas em volumes finais e pequenas correções nas estimativas globais.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, compilados pelo Itaú BBA, o mercado de soja teve o estoque final mundial de 2025/26 revisado para cima, de 122 para 122,4 milhões de toneladas. A produção global foi estimada em 423 milhões de toneladas, com leve recuo em relação à safra anterior. A produção do Brasil foi mantida em 175 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina ficou em 49 milhões. Nos Estados Unidos, as exportações foram mantidas em 44,5 milhões de toneladas e o estoque final permaneceu em 7,9 milhões. O consumo global foi ajustado para 422 milhões de toneladas, com relação estoque-consumo em 29%.
No milho, o balanço aponta aumento da produção mundial, estimada em 1.283 milhões de toneladas, e crescimento do consumo para 1.282 milhões. Apesar disso, o estoque final global foi reduzido para 279 milhões de toneladas, com queda da relação estoque-consumo para 22%. Nos Estados Unidos, o estoque final foi revisado para baixo, passando de 54,7 para 51,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram elevadas para 81,3 milhões. A produção da Ucrânia foi reduzida para 29 milhões de toneladas, e a da Argentina foi mantida em 53 milhões.
No trigo, a produção mundial de 2025/26 foi revisada para cima, alcançando 838 milhões de toneladas. A estimativa da União Europeia subiu para 144 milhões, e a da Argentina para 24 milhões. O estoque final global também foi ajustado para cima, de 271 para 275 milhões de toneladas, com relação estoque-consumo estimada em 34%. O consumo mundial foi projetado em 819 milhões de toneladas, reforçando um quadro de maior disponibilidade global.